O filme trata de um planeta chamado Pandora, cuja tranquilidade e a existência pacífica dos seus moradores é ameaçada (ó surpresa) pelos seres humanos, especificando, o exército americano e os investidores da bolsa de valores, que querem se apropriar de uma pedra muito valiosa na Terra, e que está no centro da morada do povo nativo do planeta, os Na'vi. Com eles se encontram alguns cientistas que não concordam com o que os outros fazem, e que, por meio de bonecos que são iguais aos nativos, chamados "avatares", entram no mundo deles e exploram a natureza desse planeta desconhecido. Um deles é um ex-fuzileiro, que teve que reemplazar seu irmão cientista, gêmeo, que foi morto num assalto. Ele vira o herói ao entrar en contato com a civilização nativa, começar a entender a sua cultura e a sua conexão com o mundo no qual vivem, e enfrentar o exército americano quando este se dispõe a destruir os Na'vi.
Este filme me pareceu a narração da história das colônias, quase um "o que teria acontecido se os indígenas tivessem expulso os colonos europeus". Mas não só me fez lembrar dos nativos americanos. Ou dos africanos escravizados. Me fez lembrar dos povos atu

Agora imaginem, o Oscar é entregue pelos estadounidenses. Avatar mostra na cara deles o quanto eles são ruins. Nunca, mas nunca eles iriam aceitar isso. Se James Cameron quis reivindicar os nativos americanos, não sei. Mas a história me lembrou eles mesmo, com os Na'vi de mohicano, com suas tranças e cabelos pretos, e sua conexão com a natureza.
E me lembrei da maldade humana. Sempre pretendendo que somos donos da verdade. Sempre pretendendo que os outros têm que se dobrar ante nós. Sempre achando que somos superiores. Será algo tecido no DNA humano, essa sobérbia toda? Será que não podemos nos livrar dessas absurdas pretensões, e finalmente nos enxergar como o que somos, pequenos seres num mundo enorme, pequenos mas perigosos, que, com tanta capacidade para fzer coisas boas, tendemos a usar nossa genialidade para inventar coisas que ferem, destróem, humilham os outros? Será que algum dia aprenderemos a ser realmente humildes?
Os Na'vi eram seres sábios. Me lembraram muito gatinhos, com esse nariz felino, olhos de leão, amarelos e penetrantes, dentes afiados. Seres que entendiam que dependiam da natureza. Sei lá em quem se basou Cameron, só sei que a mensagem é clara. Nosso planeta está moribundo. O ser humano ainda não entendeu que não possui a Terra, que não é dono dos recursos e das vidas animais e vegetais que aqui moram junto com ele. E o pior, ainda há quem pretende que tudo está bem. Ainda há poderosos, como os EUA e a China, que ignoram os problemas dessa nossa casa, e que se negam a aceitar que eles são os maiores danificadores desta, recusando-se a abaixar os níveis de poluição e a fazer algo para tentar salvar nosso moribundo lar. Ainda há indivíduos que destroem, que matam animais, que jogam lixo na rua, que desperdiçam água, alimentos. Ainda há seres néscios, tolos, que pretendem ser superiores. Temos o exemplo do passado. Como disse um dia minha irmã, se os indígenas não tivessem sido exterminados, Colômbia teria sido um lugar diferente. Mais verde. Se progresso é matar tudo o que respira, prefiro ser "selvagem", assim como os Na'vi. Pensemos nisso. Que Avatar passe de um filme cheio de efeitos especiais. Que a mensagem possa ser aplicada, que nos lembremos do nosso lar moribundo. No fim das contas, não haverá Marte ou Lua nenhuma à qual o homem possa fugir. Aqui estamos e aqui ficamos. A qualidade do lugar depende de nós.
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