28 de maio de 2009

Boneco Jesus

Jesus está de moda. O Evangelho, cristianismo, Deus, tudo isso está de moda. Ser crente virou algo muito popular.
Mas, que Jesus é esse que está sendo tão apregoado por ai?

Sinceramente, não sei. O Jesus que eu vejo ser pregado nas "igrejas" da televisão, nos programas "evangelísticos" como "Show da Fé" e tantos outros, não tem nada a ver com o humilde filho de carpinteiro que veio um dia mudar a história da humanidade.

Ontem estava, em um raro momento de descanso em estes dias de final de semestre, passando os canais da televisão. Não tinha muita coisa interessante, ai parei um pouco para ver o "programa cristão" do momento. Só que eu não vi nada de Cristo nesse programa, e nem vejo em nenhum outro desses programas que, pessoalmente, considero lixo. Vi só um monte de emocionalismo, muitas lágrimas (vai ver se eram verdadeiras), muitos erros bíblicos, e muita auto-exaltação por parte do "pregador". O nome de Jesus era usado como fetiche, como fórmula mágica para investir de poder a pessoa que estava falando.

Uma mulher deu um testemunho (ai que coisa linda!) dizendo que seus problemas financeiros tinham sido ressolvidos porque ela passou a fatura ou sei lá que papel PELAS COSTAS DO PREGADOR. Ou seja, quem fez o milagre nem foi Jesus.

Cada dia que passa vejo mais a banalização do nome de Jesus. Ele está deixando de ser o Senhor, o digno de respeito e reverência, para virar o boneco de pessoas que usam seu nome para ganhar dinheiro. Não sei se eles estão sendo sinceros no seu "ministério". Eu acho que alguns deles (senão todos) sabem o que estão fazendo. A manipulação do sagrado não ocorre de forma inconsciente. Eles sabem que o negócio é ganhar dinheiro. A espiritualidade das pessoas só é um meio para chegar a este fim.

O pior é que o que está sendo pregado não chega nem perto da mensagem escrita na Bíblia. Agora tudo o que se fala é milagres, bênçãos, curas. As pessoas estão sendo iludidas de que sua vida vai ser perfeita, com casa, carro e bolsa de estudos (segundo ditado popular colombiano...), se aceitarem "seguir a Jesus". E claro, comprar a água abençoada, a moeda da prosperidade, o sal da pureza e o óleo da unção. E pagar fielmente os dízimos, crer cegamente em tudo o que seu "bispo", "apóstolo" (ou semi-deus) dizer, deixar que se lhes imponham as mãos, subir ao monte dos 70 santos.

Em meio de tudo isso, o nome de Jesus é usado como marionete. A Bíblia é usada para sustentar o que os pregadores falam, sem importar se o texto está sendo lido fora do contexto, deturpadamente ou sem saber o verdadeiro sentido. Afinal, os "fiéis" não vão questionar o que está sendo dito. Ontem, em outro dos programas em questão (a programação estava de verdade ruim em todos os canais!), o pastor "Da um chute na cabeça do diabo" (e não to brincando não, esse é o nome que colocaram mesmo! disse que era o momento dos comerciais "no nome de Deus", "vamos ao momento comercial para a glória de Deus"!!!!! Como assim? É que a venta de celulares ou outros produtos é algo para glorificar a Deus? Eu acho que o "pastor" estava se referindo ao próprio bolso...

O pior de tudo isto é que as pessoas não percebem que estão sendo manipuladas. A coisa é sutil (nem tanto, mas as pessoas acham tudo tão lindoooo...) e elas vão com a esperança de que suas mágoas, sofrimento e dor sejam tiradas delas. A manipulação do sagrado é um assunto sério, se está brincando com o nome de Deus, com a vida das pessoas, com a esperança delas. Se cria um mundo onde Deus está ao serviço do pregador, o qual só com fazer uso do seu nome, pode realizar todo tipo de "milagres". Deus deixa de ser Deus. Jesus é só um nome que dá grana. E as pessoas choram, gritam aleluias, cantam e dançam, fazem filas longas para ser alcançadas com a "unção" do bispo, para que seus problemas sejam solucionados.

Este sistema é nojento. Revolta o estómago ver tantas pessoas nessas pseudo-igrejas, nesses lugares de lucro às custas dos ignorantes. Ignorantes no sentido que eles não sabem. Raramente conhecem a Bíblia. Para eles tudo o que ouvem provêm do céu, as palavras do "pastor", "apóstolo" ou o que seja são palavra de Deus, e comunicam a sua vontade. Só que no meio disso há muito interesse. A metade do que se prega tem um objetivo específico, que é criar ilusão nas pessoas, induzí-las a um determinado comportamento. A fé é vendida como requisito para aceder às bênçãos. Claro, fé no bispo, fé no óleo sagrado, fé no copo da bênção.

As pessoas têm que aprender a questionar. A vida perfeita que estes pseudo-pastores oferecem não existe. Quando os problemas voltar a aparecer, estas pessoas não vão ficar revoltadas com os falsos pregadores que as enganaram. Elas vão ficar revoltadas com Deus. E ai toda a espiritualidade, toda a fé vão deixar de existir. Este "cristianismo" doentio está fazendo com que Jesus, o Senhor, deixe de ser levado a sério.

Até quando as pessoas vão seguir acreditando nas palavras vazias que os pregadores sem vergonha lhes falam? Até quando vão deixar que os cínicos se aproveitem de suas tristezas e preocupações para se enriquecer? Até quando vamos permitir que se pregue um "evangelho" deturpado, e até quando vamos deixar que Jesus seja só um boneco?

27 de maio de 2009

Entendes o que lês?

Hoje na aula de Exegese do Antigo Testamento, analisando um texto de Isaías, me dei conta de como somos ignorantes na leitura da Bíblia. Quando lemos não estamos verdadeiramente entendendo o sentido do texto. Como diz o professor, o que fazemos é pura "intentio lectoris", projetamos dentro do texto o que nós mesmos pensamos.
Porém, eu estava pensando na responsabilidade que os pastores, pregadores e intérpretes da Bíblia temos para com o texto sagrado. Muitos vão por ai pegando a Bíblia como chapéu para falar o que bem lhes parece. As pessoas ouvem "a palavra de Deus", sem saber na verdade o que está escrito, sem chegar ao fundo do conteúdo do texto. Não têm como saber que o que se lhes falou não está realmente na Bíblia.

Isto acontece (quase) sempre. Começando com as traduções da Bíblia, todas erradas e cheias da própria interpretação e ideologia do tradutor. Poucas ou quase nenhuma Bíblia é traduzida fielmente do seu original.

Os pastores deveriam ser consciêntes do que pregam. Porém, geralmente eles pregam as suas próprias ideologias, e usam a Bíblia como apoio para o que eles estão afirmando. As pregações nas igrejas cada vez estão menos centradas na palavra, e cada vez mais nos dogmas, nos ritos. Não se ensina às pessoas a procurar entender o sentido do texto, se lhes da uma interpretação pronta.

Não que esteja dizendo que todo mundo deve ser instruido na lingua hebraica e grega (se bem que isto seria belo). Mas pelo menos os pastores, os "ministros da palavra" devem ter este conhecimento básico. É fundamental que quem usa a Bíblia como instrumento de trabalho saiba o que ela diz realmente.

Os textos bíblicos são mais do que se pensa. Eles têm muitas lições ocultas, muitas coisas que são escondidas pelos dogmas que se jogam em cima delas. Quando são usados como até agora estão sendo usados, são desrespeitados. Me parece uma falta de respeito pegar um texto que não se entendeu e falar dele o que se quer. É até falta de ética (que é o que sobra em certos púlpitos hoje em dia...).

As pessoas da igreja estão sujeitas à interpretação que do texto bíblico faz o pregador. Geralmente nenhuma pessoa que está sentada ouvindo a "palavra de Deus" se questiona se o que o pregador está falando é correto ou não. Eles assumem que estão ouvindo a "palavra de Deus", pelo qual não pode haver erro. Mas erro pode haver, sim. Quem prega é um ser humano. O que é pregado, se o é da forma comum, geralmente não se baseia no texto, mas nas ideologias de quem usa o texto. Muitos pregadores descarados sobem no púlpito e falam o que lhes passa pela cabeça, sem ter em conta que estão sendo ouvidos por pessoas passivas, prontas a por em prática o que seja que lhes for dito.

A responsabilidade da pregação é muito séria. Se manipula o sagrado das pessoas, a vida das pessoas. Não é simplesmente um discurso, as pessoas não vêem isso como uma palestra. Para eles é a voz de Deus.

O pregador deve conhecer o texto que utiliza. Ele deve estar disposto a ir além das traduções mal feitas, deve estar sedento por conhecer o verdadeiro conteúdo do texto. Aqui cabe bem o apelo do humanismo: "De volta às fontes!" Cadê os pregadores que se interessam em conhecer as línguas originais do texto?

É certo que as interpretações continuam sendo humanas. Mas ao conhecer o sentido original do texto, se aprecia o tesouro do seu conteúdo em toda a sua beleza. Quando se descobrem os segredos dos textos bíblicos, toda um mundo se abre aos olhos, e a alma preme de vontade de conhecer mai. Pelo menos isso acontece comigo. E essa sede faz com que se ame mais o texto, com que se procure mais estudá-lo, mais conhecé-lo.

Esse efeito deve ser estendido aos ouvintes da pregação. Basta de esquemas prontos, de dogmas enferrujados que usam a Bíblia do seu jeito. Basta de dar ao povo o leite da tradição. Agora é preciso que as pessoas entendam, verdadeiramente, o que lêem.
P.S. Acabado de escrever este texto, pensei que ele reflete um belo ideal, que, muito provavelmente, ficará só nisso, no ideal...

26 de maio de 2009

Dedicatória a una Flor en Su Día

Hoy hace veinte años nació, en la grande capital colombiana, una flor delicada.

Hace veinte años nació, y vino a hacer parte de una familia común.
La pequeña flor vino con un carácter grande, un carácter fuerte, destinado a grandes cosas, pero también a grandes pruebas.

Mi querida flor creció, muchas veces maltratada, muchas veces incompreendida, muchas veces lastimada, por palabras, por gestos, y las personas no se daban cuenta que, detrás de su aparente fortaleza, la pequeña flor lloraba.

Mi flor me hizo compañia, fuimos y somos, amigas y hermanas. Durante 17 años peleamos, jugamos y compartimos, imaginando el momento lejano, casi imposible, cuando iriamos a estar lejanas.

Ahora son dos años de distancia, dos años de cambios, de crecimiento y maduración en dos mundos tan distantes que el océano Atlántico entero los separa.

Mi flor ahora crece en otra tierra, en un mundo que le abre muchas perspectivas aventureras, y mi flor sueña con volar. En estos momentos, sus 20 años llegaron en medio de dificultad. La vida no es fácil, pero está siendo cruel con mi flor, mostrándole toda su maldad y dolor en esta etapa, tan reciente, de su vida.

Ánimo mi flor, mi querida hermana, ánimo querida. Estamos lejos, pero tú eres mi hermana. Tu dolor me duele, tu crisis aumenta la mia. Los problemas están conviviendo contigo, y me imagino lo difícil que es. Yo escapé por poco, pero aún lejos los siento y los sufro, por ustedes, por todo.

Mi flor está comenzando a vivir, su juventud marcada por el dolor. Las fuerzas que hay dentro de ti, eso tienes que buscar, el coraje de vivir, las ganas de aventurarse en este ancho mundo de Dios.

Dios, el único que para mi aún tiene sentido, en medio de todas las locuras que se dicen en su nombre.

Mi querida Laura, tú eres la flor de mi vida, mi hermana, mi mejor amiga, la que como nadie entendia mis problemas, la que desde siempre estuvo conmigo. Te amo mucho, espero que lo sepas.

Ahora tienes 20 años, época especial da vida, que marca sin retornos la entrada en la vida. Ya no eres niña, ya no eres más adolescente. Ahora tienes los 20 años decisivos.

Querida, tu vida está destinada a ser relevante. Tú no tienes carácter para poco, sino para mucho. Que tu vida sea siempre, en medio de todas las cosas, de todos los juicios, de todos los dolores, el reflejo de tu carácter. Te amo muchisimo querida. Este homenaje es poco, pero es desde lo más profundo. Para ti, mi querida, mi flor, mi Laura, este texto va dedicado.

21 de maio de 2009

Pontos de vista

Cada pessoa é diferente. Cada um ve o mundo desde seu próprio ângulo. Porque, então, tem quem pretende ensinar aos outros a enxergar a realidade desde o seu ponto de vista?
O que para uns está bem para outros é errado. O que para mim é gostoso para outros é nojento (eu sei bem disso, afinal em Brasil abacate com sal é algo que ninguém pensou em comer). O que eu penso pode ser diferente do que pensa meu vizinho. Nós temos liberdade.

Porém, muitos aspectos da nossa vida são influenciados pelo que outros pensam. Isto é normal, não podemos viver e crescer como pessoas isolados dos outros. O problema é quando os outros pretendem decidir sobre nós, quando pretendem impor o seu ponto de vista, a sua opinião, e não aceitam que sejamos ou pensemos diferente. Estas pessoas estão inseridas num sistema que aliena as pessoas, e as faz alienadoras das outras. Quando desde cedo uma pessoa aprende a pensar de acordo a padrões que outras pessoas lhe pre-estabelecem, é muito difícil que ela consiga um dia sair do esquema. E quando vem alguém que não pensa no mesmo padrão, ela vai tentar impor o seu padrão sobre a outra. É quase automático.

Na minha postagem anterior falei dos absolutos. Quando uma pessoa quer impor algo sobre outra, é porque a sua cabeça ela está certa, e seu ponto de vista é absoluto. Como falei, quando se começa a questionar as coisas se vê que muitas coisas que pretendem ser absolutas em verdade não o são.

Quem mais potentemente pretende impor a sua opinião e visão de mundo sobre os outros é, sem dúvida, a religião. Afinal, o que elas pretendem ensinar é revelação divina, e desta forma, palavra e verdade absoluta. O que eu penso foi Deus quem me revelou, por isso você tem que aceitá-lo. Quando vemos que muitas coisas que a religião nos ensina não tem mais sentido para nós, ficamos desorientados. E agora, qual é a verdade?

A igreja, como seguidora da "revelação de Deus", padroniza a vida dos seus membros. Eles têm que seguir determinado roteiro, têm que se comportar e até pensar de determinada forma estabelecida pela instituição. Na igreja católica isto foi sempre o padrão. O fiel segue o que o sacerdote fala. E na igreja "protestante", alguma coisa mudou?

Quando Lutero falou do "sacerdócio universal dos crentes", liberou o aceso dos fiéis ao texto sagrado. Porém, a instituição, o esquema pre-estabelecido ainda continuou. O pastor é uma figura que não está ali para cumprir com a função que tem - segundo o professor Osvaldo, a cura d'almas (e concordo com ele). O pastor está ali para "ensinar" as suas "ovelhas" o comportamento que devem ter como cristãos. O fiel deve seguir isto sem questionar. Só que questionar é necessário.

Muitos pastores acham que tem sei lá que autoridade superior só porque foram ordenados. Eu sei disto porque percebi a mudança em duas pessoas muito estimadas por mim que foram ordenadas pastores na minha igreja. Dai em diante, elas mudaram. Para mim o que o pastor fala é só um ponto de vista, como todos os outros. Não que esteja querendo anarquia na igreja, ou desvalorizando a figura pastoral. Só acho que eles estão se infalibilizando um pouco. Pastor é muito mais que alguém que dita as regras de vida de uma comunidade.

Bom, acho que sai um pouco do tema. O ponto aqui é a imposição de formas de pensar sobre as pessoas. Isto existiu desde sempre. A sociedade, talvez por natureza, pretende dominar o que as pessoas pensam. Hoje em dia se fala muito de liberdade de pensamento, mas ai está o controle, oculto nas tendências de moda e nas publicidades. Você deve pensar, vestir, ser como a sociedade pretende.

Pensar diferente é difícil. Querer sair do padrão, questionar o sistema, pensar duas vezes antes de aceitar um ponto de vista, é algo que muitas pessoas desistem de fazer. É mais fácil aceitar as coisas, já que aceitando as imposições a sociedade vai te aceitar. A igreja te aceita se seguir os seus padrões. Mas se alguma coisa que se faça vulnera estes padrões, todo mundo se levantará contra ti.

Eu só digo que decidi pensar diferente. Questionar as coisas faz com que a liberdade cresça verdadeiramente. É difícil, mas vale a pena. Ter a liberdade de opinar, de pensar o que vai mais de acordo com meus razonamentos, é muito melhor do que seguir as razões de outros. Mesmo dentro da igreja.

20 de maio de 2009

Absolutos questionáveis

Ao longo da nossa vida aprendemos a obedecer as regras impostas pelos outros. Quando crianças pensamos que a palavra dos nossos pais é absoluta, eles são infalíveis. Quando crescemos, vemos que eles estão sujeitos ao erro, e sua palavra e regras podem assim ser questionadas.

Com o passar do tempo, muitas coisas passam a ser questionáveis. Leis, regras de comportamento, palavras, atitudes, e aprendemos a procurar (numa procura que só vai acabar com a morte) a razão nas coisas deste mundo, queremos saber que coisa é verdadeiramente importante, que coisa é inalterável, e que coisa não.

Nesta dinâmica, nos deparamos muitas vezes com "absolutos", coisas que pretendem ser inquestionáveis, inalteráveis, imutáveis, e que são usadas por alguns para impor sobre os outros suas próprias razões. Os absolutos fundamentam a autoridade das pessoas que os estabelecem. Quando alguém começar a questionar estes absolutos, será feito todo o possível para calar estes questionamentos. Para que estes "absolutos" o sejam efetivamente, devem proporcionar ao nosso entendimento razões suficientes para que a nossa procura sobre o seu sentido seja satisfeita.

Reconhecidamente, as razões religiosas são as mais "absolutas". Ao mistificar as regras, ao colocar transcendência nelas, estas regras, que antes podiam ser simples argumentos questionáveis, passam a ser "absoluto" indiscutível. Contra elas não se pode levantar argumento contrário.

Um exemplo disto foi toda a Idade Média, onde a palavra dos Papas era tida como palavra de Deus (mistificada), de forma que fosse o que for que eles falassem tinha que ser obedecido sem questionamento algum. Mas os "absolutos" não o são eternamente. Um dia surgiu Lutero, e incluso antes dele outros grupos surgiram, e questionaram esta conceição, quebrando assim o poder absoluto da Igreja Católica sobre a vida das pessoas.

Porém, quando um absoluto cai outro se levanta. Lutero quebrou absolutos mas estabeleceu outros.

Qual é o ponto ao qual quero chegar, afinal?

Para mim, e este é o ponto, todos os absolutos são questionáveis. Isto é algo muito perigoso de dizer, visto que a igreja se fundamenta em absolutos. "Isso é pecado por..." e vem um monte de absolutos. "Você não pode fazer desse jeito, porque..." e vêm mais absolutos. Mas todos estes são, para mim, relativos. A crise é quando tudo é considerado relativo. Ai, qual é a razão deles? Qual é a verdade?

Quando a verdade se apregoa como absoluta, se excluem todas as outras. Porém, há no mundo mais do que um ponto de vista, e há assim mesmo mais de uma verdade absoluta.

E agora? Como disse antes, nossa procura pela razão das coisas será infinita. O importante é reconhecer os "absolutos" que nos são impostos. Se não reconhecer a questionabilidade destes não há mais nada a fazer.

Depois, é importante questionar. Assim como começamos a questionar nossos pais quando adolescentes, podemos começar a questionar todas as coisas que se nos impõem. Até aqui cheguei eu. Estou ainda procurando o passo a seguir.

Não sei se este texto ficou confuso, porém, se assim for corresponde ao estado da autora. Nestes momentos nada é claro no horizonte... só muitas mudanças acontecendo, paradigmas sendo quebrados, e a procura por um paradigma que para mim seja coerente. Misericordia!!

12 de maio de 2009

Retiro Forçado

Temporáriamente estarei fora do mundo virtual, já que fiquei sem acesso à net. Espero poder continuar postando muito pronto...