17 de setembro de 2010

Casar é tudo de bom!

Daqui a pouco vou fazer três meses de casada. Estão sendo os melhores meses da minha vida. Casamento é uma palavra que assusta muitos, deixa prevenidos outros, e uma ilusão não satisfeita para outros. Eu não entendo como tantas pessoas fogem do casamento como se fosse uma praga, quando é algo tão bom. É claro, se tem que pensar com cuidado antes de se casar, escolher com a cabeça, fazer tudo organizadamente. Porém, posso afirmar que casar é tudo de bom. Não somente a cerimônia, que para nós mulheres é o dia em que somos princesas, mas o estar casado, em si, é algo muito bom. Estar junto com o marido, desfrutar a companhia um do outro, se apoiar nas dificuldades, compartilhar todos os momentos da vida. Em um bom casamento até as dívidas não tiram a alegria de ficar juntos. E falo isto porque as dívidas estão presentes na minha vida, dívida disso, daquilo, pagar o aluguel, luz, água, todas as coisas que sempre se têm que pagar. Quando ia casar me falaram que o dinheiro era um problema no casamento, mas pelo menos até agora não tem sido não. A gente simplesmente fala e tenta resolver as dívidas, os problemas que surgem e que precisam de dinheiro, mas ninguém se desespera nem rompe coisas... e a gente cede, cede muito, cedo eu para não sair comprando quanto livro eu queria ter comprado, ele cede para não comprar aquelas coisas de música que ele gosta ou mesmo as coisas que ele precisa...

Casamento é mais do que um mar de rosas, é mais do que um pesadelo, é mais que uma responsabilidade. É saber que se conta com alguém, que se tem alguém esperando por mim quando vou para casa, alguém para cuidar, alguém para quem gosto de cozinhar, alguém com quem falo, rio, brigo, brinco, durmo, trabalho e que sei que sempre vai estar ai... alguém que faz parte da minha vida, alguém sem quem não me imagino viva... e vejo tantas coisas que se falam ao respeito do casamento, e vejo aquele seriado da globo, e penso como essa mulher é ridícula, brigando com o marido pelas coisas mais bobas, pelas expressões que usa ao falar, por não lavar um prato ou por dormir "do lado errado da cama". E penso que o que na verdade mata os casamentos é a intolerância, o egoísmo, o não deixar verdadeiramente de ser um para virar dois. Quando a pessoa não cede, quando pensa ainda como solteira, ai não há muita esperança. Casamento é coisa de dois. É uma luta a dois, onde os problemas são enfrentados mão na mão, um dando o ombro para o outro em caso das lágrimas rolarem pelo rosto, é uma comunhão, que vai além da sexualidade, além da rotina, além da aliança no dedo. Não compreendo aqueles que casam pensando que podem se divorciar. Não compreendo aqueles que casam pensando que tudo vai continuar como antes, sendo eles o centro das próprias vidas. Não compreendo aqueles que traem a confiança do seu companheiro, do seu esposo/a. Não entendo como uma pessoa jura fidelidade eterna, jura que vai aceitar ao outro com os seus defeitos e virtudes, na sua integridade, e depois anda reclamando que o outro é isso ou aquilo. Por isso é que casar é coisa que se deve fazer com calma, sabendo no que se está entrando, conhecendo a pessoa com quem se vai passar o resto da vida. Não é só pela aparência, só pela "paixão". Há muito mais em jogo.

Devo dizer, de novo, que casar é muito bom. Casaria de novo uma e mil vezes, claro, sempre com o meu Leo, não quero ninguém mais, não me vejo com ninguém mais. Muitas coisas ainda ei de enfrentar nesta vida de casada, muitos problemas, lutas, dificuldades, filhos, doenças, dívidas. Mas eu vou estar com o meu amor, meu companheiro, meu amigo, e sei que vou andar adiante, sei que vamos superar todas as coisas, porque estamos juntos. Porque estamos como queremos estar, e não há nada que possa nos tirar o desejo de estar juntos.

Já bastante provação é ter que ficar longe do meu marido quase que a semana toda, estudando no Rio enquanto ele trabalha em Lorena. Já é muito ruim não poder ficar juntos, saber que ele vai chegar em casa e vamos conversar, vamos brincar, vamos rir, e que vai me contar como foi seu dia. Já é muito ruim não poder ver seu rosto todos os dias ao acordar, sentir seu corpo junto ao meu quando vamos dormir. É muito ruim. É um tempo que quero que passe voando. Estou contando os dias, os minutos para me formar, para ir embora para minha casa, para os braços do meu amor. Ai que saudade. Estar sozinho estando casado é a pior coisa do mundo. Estar sozinho, em si, não é nada bom. Já não consigo, já não sou mais só eu. Eu preciso do meu amor, eu preciso do meu esposo.

É tão legal essa lógica do casamento, de deixar de ser um e virar dois... ao estar longe se sinte vazia uma parte do peito, falta metade do coração... eu acho que isso falta em muitos casamentos, essa sensação de serem dois. Para muitos casar é uma forma de legalizar o sexo, ou então para resolver algumas indiscrições, ou para se livrar de uma casa onde a vida é um inferno. Mas casamento não é isso. Casamento é um compromisso, uma entrega ao outro. Sem isso, o casamento não resiste os ataques deste mundo de relações rotas, onde se prega a individualidade e o egoísmo. Casamento, bem pensado, bem decidido, com certeza no fundo do coração, é tudo de bom. Que bom que estou casada. Que bênção!

15 de setembro de 2010

Tengo un dolor en el corazón...

Desde semana pasada recibí muy malas noticias: mi perrito fue golpeado. Él está en Colombia, donde lo dejamos por no poder pagar el pasaje para llevarlo con nosotros. Mi abuelita se encargó de él con mucho cariño, y nosotros lo llevamos en el corazón, y sufrimos mucho por tenerlo que dejar. Pero sabiamos de él, que estaba bien, le contabamos los cumpleaños (el 10 de julio) y bueno, le hacia compañia a mi abuelita. Y ahora, cuando está viejito, ya enfermito, mi abuelita lo lleva a pasear y un tipo sin corazón simplemente me lo deja tirado en la calle de la paliza que le dió. El pobre lloraba, no se podia levantar, cuando lo supe me dió el primer dolor. Pero ahora la pena es completa, porque mi perrito no tiene remédio: el viernes se me muere mi Danfer.
No tengo palabras para expresar toda la tristeza que tengo. Y encima de todo estoy lejos, no le voy a dar un último abrazo, no voy a ver de nuevo esos ojitos expresivos. Mi perro fue muy importante para mi y para mi família, pasamos por tantas cosas juntos, vivimos tantos paseos, tanto tiempo... yo sé que ya estaba viejito, pero todavia podia vivir unos años si no fuera por la golpiza que recibió. Y mi pobre abuelita solita, enfrentando el sufrimiento del perrito, viendolo que no come, viendolo postrado del dolor, y ella solita también, sin nadie que la ayude a llevarlo al veterinário, sin nadie para consolarla. Mi abuelita es muy valiente. Pero a ella también le está dando duro el dolor de mi perrito. Y eso aumenta la tristeza del corazón, porque no estoy allá con ella, no puedo hacer nada desde aqui, sólo llorar y ponerme triste, y mandarle unas palabras de consuelo, que parecen tan frias e impersonales recibidas en un e-mail.

Yo sé que la vida es un ciclo, y que tarde y temprano todos se mueren. Pero morir de esa forma es indignante, morir por culpa de otro ser, que no puede ser llamado "humano", es algo que da rabia. Mucha rabia. La impiedad, la crueldad del ser humano es algo que cada día me desespera más. Cada día me asonbra más. La capacidad que tienen algunos de salir por ahí creyendo ser los únicos dignos de respeto, misericordia e amor, los únicos que sienten dolor cuando los golpean, pero que pueden salir golpeando sin piedad a quien sea, hombres, animales, seres indefensos. Cómo algunos tienen la capacidad de decir "pero si es solo un animal". Y es que los animales no sienten? El ser humano es absurdo a veces.

Y el dolor está ahí, en lo más hondo del corazón, esperando el cumplimiento de la sentencia a muerte. Espero que mi Dios no haga sufrir por mucho más tiempo a mi perrito. Espero que mi abuelita descanse de esa angústia. Espero algún día poder volver a mi tierra... pero ya no voy más a encontrar mi perrito esperando, no lo voy a llevar más de paseo, no lo voy a ver al lado mio cuando estoy en casa. Danfer es uno de esos perros que marcan la vida, de esos que parecía que hablaba con los ojos, con su mirada mansa, a veces triste, siempre fiel. Halaba la correa con el gusto de salir a pasear, corría sin cansarse cuando le lanzábamos el palo, o la pelota, lo que fuera nunca duraba bajo su mordida fuerte. Y las veces en que se subía a la cama, y las veces en que escondía el hueso en el sofá. Y cómo jugaba con mi gato. Ellos se querían tanto que dormían juntos. Y mi Pachito que se me fue también, ellos eran tan amigos. Una vez le gustó tanto el paseo que no quería devolverse, y se tiraba del carro para volver al lugar de donde nos estábamos yendo. Y tuvimos que hacerlo correr, para que se quedara quieto, para poder volver a casa.

Es un perro elegante. Todos se admiraban de su belleza, su porte. Es tan bonito... ahora está sufriendo, con llagas en su cuerpo, heridas en su boca y cuerpo, ahora está tan mal... ay qué dolor en el corazón, qué impotencia, no puedo hacer nada aqui! Y mi abuelita debe sentir lo mismo pero peor, viéndolo así sin poder hacer nada. Esperar la visita del veterinário.

Nunca me olvidaré de mi Danfer. Hace parte de mi vida, es el perrito de la casa, hace parte de la família. Se me está muriendo un ser querido. Y para completar, otro ser querido está sufriendo mucho por eso. Ay abuelita. Ay mi Danfer. Ay, ay, qué dolor en el corazón.

1 de setembro de 2010

O Tempo Passando...

Eis me aqui, depois de dois meses sem escrever nada, sem ter tempo ou vontade (ou simplesmente acesso a internet), passando para reviver meu esquecido blog.
Agora sou senhora casada (epaa), vida boa! Devo dizer que Poços de Caldas, onde foi minha lua de mel, me deixou encantada, não vejo o dia de voltar. Também devo dizer que o dia mesmo de casamento, depois de tão sofridos meses arrumando tudo, passa tão rápido que parece um sonho. Se não fosse pelas fotos me perguntaria se realmente aconteceu.

Agora estou na fase final do meu estudo, se Deus quiser e se consigo fazewr tudo direitinho, este ano me formo teologa! Bom, bacharel em teologia, mas pretendendo continuar o caminho rumo a uma formação teológica mais profunda. A monografia é o grande pesadelo de todos os formandos. A minha estava adiantada, mas entre casamento e cuidado do lar (agora sou dona de casa, ufff...) deixei o tempo rolar, passar voando... e aqui estou, correndo, escrevendo igual a uma maluca, lendo livros desde cedo de manhã até tarde à noite, tentando terminar um assunto que parece inesgotável: o profetismo em Israel. Quem diria que tem tantas opiniões diferentes sobre o mesmo assunto? Quem diria que existem tantos tipos de profeta, funções de profeta, designações de profeta? Foi mais fácil pesquisar sobre a profecia no resto do Oriente Antigo Próximo! E agora tenho um capítulo muito comprido, um não inciado e outro que me da dor de cabeça: teria que fazer análise sintática de um texto, sendo que para a gramática sou fechada...

E o tempo passando, os dias voando, a angústia subindo no meio do pescoço, apertando levemente o peito... e eu aqui escrevendo sobre as sensações, só para descansar um pouco a cabeça, para aliviar um pouco a neura, para deixar de pensar em profetas por um pouco. Profetas, depois desta não quero saber de profetas em um bom tempo!

Espero voltar a escrever mais seguido no meu blog, escrever sobre minhas crises de sempre, sobre esta igreja que me decepciona tanto, sobre o que acontece ao meu redor que nãoi consigo entender... cada dia mais tenho certeza de que o mundo está doido, as pessoas estão doidas. Ou talvez seja eu que não concordo com nada, e por isso mesmo sou uma completa maluca. Por enquanto só tenho isto para escrever, minha cabeça está cansada. E minhas mãos também.